Autor:O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) defende medida que pode revolucionar o financiamento no campo: o crédito rural em dólar via BNDES. Em entrevista à CNN, Carlos Augustin, assessor especial do Mapa, presidente do conselho da Embrapa e presidente da Petrovina Sementes, destacou que essa modalidade pode ser mais vantajosa do que o crédito tradicional em reais, ajudando os produtores a reduzirem seus custos.
Por que o crédito em dólar pode ser melhor?
Atualmente, a taxa básica de juros no Brasil está encarecendo muito o financiamento para o produtor rural. Já no mercado internacional, as taxas são significativamente menores, girando em torno de 8% a 9%.
Ao optar pelo crédito em dólar, o agricultor pode:
✔ Fugir dos juros altos do mercado interno
✔ Acessar taxas mais competitivas
✔ Reduzir o custo de produção
Augustin reforça que produtores de soja, milho e algodão, por exemplo, não precisam temer a modalidade de crédito em dólar, já que suas receitas também estão atreladas ao dólar.
Como funciona o crédito em dólar pelo BNDES?
O BNDES capta recursos no mercado internacional, onde os juros são menores, e repassa aos produtores com um spread reduzido. Dependendo das condições do mercado, o custo final pode ficar entre 7,5% e 8,5% – muito abaixo da Selic brasileira.
Além disso, o governo está incentivando o uso dessa linha de crédito para:
🔹 Custeio da safra
🔹 Financiamento de máquinas e equipamentos
🔹 Ampliação da capacidade de armazenagem
Armazenagem: Outro Desafio para o Agro
Augustin também destacou a necessidade de ampliar os estoques reguladores e a infraestrutura de armazenagem no país. Com apenas 20% da capacidade necessária, o Brasil enfrenta gargalos logísticos que elevam custos e causam desperdícios.
O Plano Safra 2023/24 já destinou R$ 6,6 bilhões para investimentos em armazéns, visando melhorar a logística e evitar oscilações bruscas nos preços dos grãos.
Vale a Pena Considerar o Crédito em Dólar?
Se você é produtor rural, essa pode ser a oportunidade para reduzir custos e aumentar a competitividade. O BNDES já oferece essa linha, e o governo está empenhado em ampliar seu acesso.
Quer entender melhor? Leia a matéria completa da CNN com entrevista do Carlos Augustin clicando aqui.
