Fique atento: conheça as 6 principais pragas da soja

Nos últimos anos, o produtor de soja aumentou a sua produtividade e reduziu custos. Conforme dados da Conab, na safra 2022/23, o Brasil produziu cerca de 154 milhões de toneladas e a previsão para o próximo ciclo é que sejam colhidas 162,4 milhões de toneladas.

Entretanto, ao mesmo tempo em que a produção cresce, também cresce a necessidade de cuidados com as pragas da soja.

O primeiro passo para se prevenir é conhecer as características e hábitos dessas pragas. Por isso, neste artigo levantamos as 6 principais pragas da soja e melhores práticas para combatê-las.

Boa leitura!

Principais pragas da soja

Cascudinho-da-soja (Myochrous armatus)

Cascudinho-da-soja
Cascudinho-da-soja/Fonte: Embrapa

O cascudinho-da-soja tem ganhado destaque no campo nos últimos anos. O principal dano dessa praga é a redução do estande de plantas e, consequentemente, redução da produtividade, visto que o inseto ataca principalmente durante a fase inicial da cultura.

A larva vive no solo e se alimenta das raízes da planta. Já o inseto adulto ataca a base do caule, o que causa o tombamento e até a morte da plântula. Ou seja, o desenvolvimento da planta é comprometido.

Em menor escala, também podem ocorrer ataques em plantas mais desenvolvidas, nos pecíolos e nas hastes mais finas, que murcham e secam.

O monitoramento desse inseto ainda é um tema em estudo, mas medir o nível e proliferação por meio do pano de batida é uma ferramenta eficaz para identificar a praga na lavoura.

Por ser uma praga nova, ainda não existem inseticidas registrados específicos para o controle do cascudinho. Todavia, alguns princípios ativos demonstram bons resultados no controle do inseto e produtores estão adaptando doses e misturas. Lembrando que o manejo químico deve ser sempre realizado com o apoio de um profissional.

Nesse cenário, plantar sementes já tratadas é uma prática fundamental para proteger a cultura durante o estabelecimento do estande. Outra prática importante é o controle de plantas daninhas e tigueras, para assim, diminuir as opções de abrigo para a praga.

Lagarta-helicoverpa (Helicoverpa armígera)

Lagarta-helicoverpa
Lagarta-helicoverpa/Fonte: Embrapa

Não podemos deixar de citar a lagarta-helicoverpa quando falamos sobre as principais pragas da soja. Ela vem chamando a atenção de produtores no Brasil desde que foi identificada na soja em 2013, apresentando alto poder de destruição e alta capacidade de reprodução.

Seu principal diferencial é a preferência por se alimentar pelas partes reprodutivas da planta, como flores e vagens, dessa forma, causando altos danos no potencial produtivo da lavoura de soja.

Existem dificuldades na identificação da lagarta-helicoverpa no campo, visto que ela se assemelha com outras espécies e sua coloração pode variar, indo de branco avermelhado ao verde. Para o seu controle, utilizar sementes com a tecnologia Bt é uma prática eficiente.

Lagarta-falsa-medideira (Chrysodeixis includens)

Lagarta-falsa-medideira
Fonte: Embrapa

Conhecida por sua característica de se movimentar dobrando o copo, como se estivesse medindo em palmo, a lagarta-falsa-medideira possui a coloração verde clara, listras brancas e pontuações pretas.

O seu ataque na cultura da soja acontece principalmente na fase de reprodutiva do cultivo, podendo estar presente desde o desenvolvimento das primeiras folhas até o período de enchimento dos grãos. Dessa forma, ao se alimentar da folha, causa a desfolha, deixando por onde passa o aspecto rendilhado.

Além de realizar o monitoramento, plantar sementes com a tecnologia Bt também é eficaz para o controle da praga.

Mosca-branca (Bemisia tabaci)

Fase adulta da mosca-branca
Fase adulta da mosca-branca/Aegro

A mosca-branca uma praga polífaga, ou seja, se alimenta de diversas espécies de plantas, sendo a soja uma delas.

A praga é um inseto sugador que ao se alimentar da planta pode transmitir toxinas que impactam negativamente na produtividade e desenvolvimento vegetativo. No caso da soja, a mosca-branca transmite o vírus da necrose-da-haste, que pode causar o escurecimento das nervuras, queima do broto, vagens deformadas e grãos pequenos.

Doença causada pela mosca branca na soja
Necrose parcial à esquerda e total a direita/Embrapa

Além disso, essa praga libera substâncias açucaradas quando estão se alimentando, que favorecem o aparecimento do fungo fumagina de coloração escura, que recobre as folhas e dificulta o recebimento da radiação solar.

A eliminação de restos culturais e plantas daninhas que podem servir de hospedeiras, realização da rotação de cultura, controle biológico e controle químico com a rotação do princípio ativo são práticas eficientes para o controle e combate da mosca-branca.

Percevejo-marrom (Euschistus heros)

Diferentes fases do percevejo-marrom
Diferentes fases do percevejo-marrom/Fonte: Embrapa

O percevejo-marrom também entra na lista das principais pragas da soja, uma vez que a cultura serve como principal hospedeira para o inseto. Como o nome sugere, sua principal característica é a cor marrom uniforme, medindo cerca de 11 mm de comprimento.

Principais danos causados pela praga é o enrugamento dos grãos, devido a praga sugar a seiva das vagens, impactando diretamente na produtividade e qualidade dos grãos, podendo causar a retenção foliar.

Para o controle, é essencial o monitoramento e a rotação de defensivos, evitando a resistência da praga aos produtos utilizados, além do mais, o controle biológico também é uma opção.

Percevejo-barriga-verde (Diceraeus furcatus) e (Diceraeus melacanthus)

Diferentes fases do percevejo-barriga-verde
Diferentes fases do percevejo-barriga-verde/Fonte: Embrapa

O percevejo-barriga-verde tem se beneficiado com a oferta constante de alimento (ponte-verde) devido ao sistema de sucessão de cultivo soja-milho. A espécie D. melacanthus é mais comum na região norte do Paraná ao Centro-Oeste, enquanto a espécie D. furcatus está presente no sul do Brasil.

Na soja, a praga ataca as vagens, danificando os grãos, dessa forma, reduzindo o rendimento e qualidade da soja. Na fase vegetativa, a cultura demonstra tolerância ao ataque do percevejo, sendo desnecessário o controle com inseticidas nessa fase de desenvolvimento da lavoura. Inclusive, aplicações de químicos na fase vegetativa podem gerar insetos resistentes.

Para o controle da praga, fica em destaque:

  • Uso de sementes tratadas com inseticidas adequados;
  • Manejo de plantas daninhas para eliminar possíveis hospedeiros;
  • Uso racional de aplicações de químicos;
  • O controle biológico também vem demonstrando bons resultados.

Além do mais, pensando na ocorrência da praga no milho, é importante reduzir perdas durante a colheita da soja, pois grãos caídos no chão favorecem a proliferação do inseto na segunda safra.

O que essas pragas têm em comum?

Agora que você já conhece as principais pragas da soja, vai entender o que elas têm em comum.

Independente da praga que ataque uma lavoura, a melhor forma de manejo para a prevenção e combate é realizar o Manejo Integrado de Pragas (MIP).

Na prática, o MIP consiste em definir estratégia correta para cada cenário, levando em consideração fatores ecológicos, ambientais, sociais e econômicos. Os principais tipos de controle do Manejo Integrado de Pragas é o controle cultural, biológico, comportamental, químico e genético.

Isso tudo deve ser aliado à escolha de uma semente de qualidade para o plantio, protegida e resistente às principais pragas que atacam a cultura e inseticidas do mercado.

Gostou deste conteúdo sobre as principais pragas da soja? Nós da Petrovina Sementes trabalhamos para o produtor rural ser o melhor e ser o primeiro, seja levando sementes de qualidade e alto vigor, seja levando informações precisas para a tomada de decisões.

Fonte: Embrapa, Aegro,Conab, Revista Cultivar

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