O sequestro de carbono na agricultura é uma prática que cada vez mais ouvimos falar entre os diferentes agentes do setor. Além de ser uma prática sustentável ambientalmente, traz benefícios para os resultados do produtor rural.

Quer saber mais? Neste artigo você confere o que é, benefícios e como fazer o sequestro de carbono na agricultura. Boa leitura!

O que é o sequestro de carbono na agricultura

De forma simples, o sequestro de carbono significa realizar práticas que retiram o dióxido de carbono (CO₂) da atmosfera.

A agricultura é peça chave nesse processo, pois quando as plantas realizam a fotossíntese, transforma o CO₂ em nutrientes. Esses nutrientes são utilizados pelas próprias plantas e pelas bactérias que fixam nitrogênio em suas raízes.

Outra forma de capturar o carbono é por meio da incorporação de matéria orgânica no solo realizada por microrganismos que a decompõem, liberando o CO₂ no solo.

O sequestro de carbono acontece quando o volume de carbono armazenado no solo é maior do que o liberado na atmosfera. Sendo que, a quantidade de carbono que “sai” depende do manejo aplicado.

Como fazer o sequestro de carbono

Produzir com práticas agrícolas que capturam o CO₂ da atmosfera também é conhecido como agricultura de baixo carbono. 

Existem alguns manejos que se destacam quando o assunto é sequestro de carbono na agricultura, sendo eles:

• Sistema de Plantio Direto;
• Rotação de Culturas;
• Recuperação de Pastagens Degradadas;
• Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF).

Crédito de Carbono: oportunidade para o produtor

O sequestro de carbono está diretamente ligado com o mercado de crédito de carbono, que é uma nova oportunidade de negócio para o produtor rural.

O conceito de crédito de carbono foi criado por meio do protocolo Kyoto em 1997, com o objetivo de diminuir a emissão dos gases de efeito estufa, funcionando como uma moeda ambiental.

• Empresas ou projetos que reduzem suas emissões recebem créditos que podem ser vendidos para outras empresas.
• Empresas que emitem gases de efeito estufa acima da meta estabelecida compram esses créditos para compensar suas emissões.

Um crédito de carbono = uma tonelada de carbono que deixou de ser emitida para a atmosfera

Por enquanto, o Brasil participa do mercado voluntário. Entretanto, diferentes instituições e empresas estão atuando para a regulamentação diante da crescente demanda e do potencial do país no mercado de carbono.

Quais os benefícios para o produtor?

O principal benefício em trabalhar com práticas que diminuem a emissão de gases poluentes é proteger o meio ambiente, afinal, não existe atividade agrícola sem recursos naturais, não é mesmo?

Entretanto, os benefícios vão bem além disso e contribuem para os resultados do produtor, seja no campo ou na hora de negociar. Inclusive, o mercado e consumidores estão priorizando quem produz de forma sustentável.

 Sendo assim, o sequestro de carbono na agricultura proporciona:

• Melhoria da fertilidade e capacidade de retenção de água no solo;
• Solo com menos erosão;
• Aumento da biodiversidade e nutrientes do solo que contribuem para a produtividade do cultivo;
• Maior rendimento para o produtor;
• Abrir novas oportunidades de mercados;
• Conferir condições diferenciadas para crédito rural.

Conclusão

O sequestro de carbono ganha cada vez mais importância, visto que produzir de forma sustentável é uma tendência que cresce cada vez mais.

Neste artigo você viu que a produção agrícola que prioriza a redução do gás carbônico da atmosfera, além de preservar os recursos naturais essenciais para a atividade, contribui positivamente para os resultados do negócio como um todo.

Além do mais, o mercado de crédito de carbono surge com novas oportunidades para o produtor rural.

Ou seja, o sequestro de carbono na agricultura é uma prática sustentável ambientalmente e economicamente. Por isso, é fundamental que o produtor rural e agentes do setor estejam por dentro do assunto para fecharem bons negócios.

Fonte: Aegro, Embrapa