Com o começo de um novo ano, surge sentimento de reflexão em todos os âmbitos, seja pessoal ou profissional. Para o agro, a certeza é de que a soja em 2024 vai apresentar desafios para o produtor rural.

Isso porque, diferente do panorama brasileiro de grandes números em 2021 e 2022, o cenário da soja em 2023 foi de preços mais baixos e dificuldades no campo devido o fenômeno El Niño. E, tudo isso deve seguir impactando a soja em 2024.

As principais consultorias reduziram suas estimativas para a safra 2023/24 brasileira.

O relatório de janeiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) aponta para uma produção de 157 milhões de toneladas neste ciclo, um corte de 4 milhões em relação ao relatório anterior.

Já a Conab, indica que a produção deve ser de 155,27 milhões de toneladas, uma queda de 4,2% em comparação às primeiras projeções da instituição.

As consultorias Safras & Mercado e StoneX  esperam uma produção de 151,36 milhões de toneladas e 152,81 milhões de toneladas, respectivamente.

Na safra 2022/23, a produção de soja alcançou o número de 154,6 milhões de toneladas, de acordo com a Conab.

Mais do que nunca, estar bem-informado é fundamental para enfrentar os desafios da soja em 2024. Pensando nisso, trouxemos aqui os principais fatores que devem influenciar as negociações da soja nesta temporada.

Boa leitura!

El Niño acaba?

O El Niño foi o principal desafio dos produtores em 2023.

A região central do país sofreu com chuvas irregulares e altas temperaturas. Já no sul do Brasil, o problema foram as fortes chuvas.

Esses fatos causaram a queda no potencial produtivo das lavouras brasileiras.

Em 2024 o El Niño segue no radar. De acordo com o relatório de janeiro da Administração Oceânica e Atmosférica (NOAA), o El Niño passa por janeiro em seu pico de intensidade forte, mas a intensidade começa a decair em fevereiro, seguindo em março, que deve terminar com o fenômeno em intensidade fraca a moderada.

No trimestre de abril, maio e junho a maior probabilidade é que o El Niño entre em neutralidade. Entretanto, após esse período, existe 65% de chances de o fenômeno La Niña voltar a atuar. Confira o gráfico abaixo.

Perspectiva climática-NOAA
As barras em vermelho é a probabilidade de o El Niño se manter; as barras cinzas, as chances de neutralidade; e as azuis, a probabilidade de o La Niña voltar. Fonte: NOAA

Volta do potencial “hermano”

Depois de uma safra de soja com forte quebra, a expectativa é de que a Argentina se recupere em 2023/24.

De acordo com dados do USDA, a expectativa é de que o país alcance uma produção de 50 milhões de toneladas, voltando a ganhar destaque no mercado internacional.

Caso a expectativa se concretizar, a safra sul-americana deverá ter um volume significativo apesar das adversidades climáticas no Brasil.

Como ficam os preços da soja em 2024?

Neste ano, o produtor brasileiro deve lidar com preços desafiadores e margens apertadas no primeiro semestre, impacto de um 2023 difícil.

Já no segundo semestre as atenções se voltam para nova safra norte-americana, fato que deve guiar os preços no mercado externo e, consequentemente, internamente.

Conclusão

Sabemos que vai ser um ano desafiador. Neste artigo, levantamos os principais fatores que devem influenciar o agro em 2024. Mas, infelizmente, não existe uma bola cristal para sabermos exatamente como tudo vai acontecer.

Por isso, acompanhar as previsões climáticas e movimentação dos principais mercados e economias globais deve ser uma tarefa diária para o produtor rural. Esse é o caminho para cultivar decisões inteligentes e bons negócios em 2024.

A Petrovina Sementes entende essa necessidade, por isso, aqui trazemos sempre as principais informações e orientações sobre o campo que fazem o produtor rural ser o melhor e ser o primeiro nos negócios. Continue nos acompanhando!

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